quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Machado de Assis, foi menino e poeta, romancista, dramaturgo, contista,.crítico e ensaísta, jornalista. O irônico bruxo e gênio do Cosme Velho, merece todas as nossas homenagens.
Considerado um dos maiores escritores brasileiros, o seu legado literário permanecerá nos contemplando com seu raciocínio inteligente e rico por muitas gerações. Os grandes não morrem e nunca envelhecem, são sempre atuais.
O presidente eterno da Academia Brasileira de Letras, o jovem culto, a criança pobre, que sofria com epilepsia e era gago, nasceu no Morro do Livramento em 21 de junho de 1839, filho de Francisco José de Assis, um escravo alforriado, e de Maria Leopoldina Machado de Assis, portuguesa.
Joaquim Maria Machado de Assis, ou simplesmente, Machado de Assis, era autodidata e trilhou seu próprio caminho, com bons amigos e as boas relações que foi tendo pela vida. Aos 16 anos, publicou seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense. Trabalhou como revisor e tradutor em redações de jornais,(falava vários idiomas), foi publicando seus textos e conquistando admiradores e amigos como Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar, Gonçalves Dias, entre outros. Casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, musa e companheira de uma vida inteira. Trabalhou como servidor público na Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império, sendo grande relator dos eventos político-sociais de sua época.
Do amor que viveu com Carolina, com quem foi casado 35 anos e apenas separaram-se quando esta faleceu, quatro anos antes de Machado de Assis, conta-se que a ela confiava e mostrava todos os seus textos, antes de publicar.
Ficou recluso após a morte da companheira amada, com a saúde debilitada, permanecendo na casa onde viveram juntos, mantendo os móveis nos mesmos lugares e indo visitar o seu túmulo todos os domingos, como no soneto que para ela escreveu.
Além de genial, Machado de Assis foi um homem amado, admirado e também amou.
(O menino Machado de Assis by © Adriana Janaína Poeta)
"Querida, ao pé do leito derradeiro
em que descansas dessa longa vida,
aqui venho e virei, pobre querida,
trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
que, a despeito de toda a humana lida,
fez a nossa existência apetecida
e num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
da terra que nos viu passar unidos
e ora mortos nos deixa e separados.
que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
são pensamentos idos e vividos."
(A Carolina - Machado de Assis)
Na foto: Estátua de Machado de Assis na entrada da Academia Brasileira de Letras.
Homenagem Clube de Leitura dos Poetas / Reading of Poets Society

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