quinta-feira, 28 de julho de 2016

Eu te vejo,
eu te encontro,
nos olhares que sorrindo
ou refletindo,
deixam escapar
o teu átomo perfeito,
esta paz profunda e radiante,
esta sede de viver que encanta.
A minha alma peregrina
alcançou muitas luas
e mirou-se em mil espelhos.
No azul das águas,
sob as brilhantes jóias do firmamento,
estradas e rios,
as linhas do destino,
esta trama esperada e presumida,
voltarão a enredar os meus passos
de encontro aos teus.
Enquanto isso,
as horas passam,
ou fingem que fogem.
Apenas os deuses,
estes que nos precederam
e da taça da imortalidade
provaram,
conhecem os caminhos
e os atalhos.
Esta vida,
este sonho irreal,
este palco onde experimentamos
o bem e o mal,
esta prova que nos forja,
nos reduzindo as cinzas
e nos erguendo em seguida.
Água e terra,
fogo e ar,
tudo o que sobrou das estrelas,
veste o que somos.
Das vidas que tive,
estas letras derramo.
Converto em sementes,
alivio o que sou,
enquanto a lua brilha,
antes que o sol nos encontre.
(O átomo perfeito por Adriana Janaína Poeta)
Clube de Leitura dos Poetas / Reading of Poets Society

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